google.com, pub-4717089834833438, DIRECT, f08c47fec0942fa0
top of page

Eu vi um menino correndo! Os anos dourados da minha infância 60 e 70.

  • Foto do escritor: anselmo santos
    anselmo santos
  • 8 de fev.
  • 3 min de leitura



Na época da minha infância, as possibilidades de entretenimento eram bem diferentes das que temos hoje. Eu vivia em um mundo dividido entre a rua e a escola, e a minha conexão entre esses dois universos era uma bicicleta vermelha, um modelo clássico da Monark de barra circular que havia ganho do Papai Noel no último Natal. Essa bicicleta não era apenas um meio de transporte, mas sim a minha nave que me levava a explorar e descobrir o que cada um desses mundos tinha a oferecer. O primeiro mundo, o da minha rua, era um lugar onde a diversão era compartilhada por dezenas de crianças. Brincadeiras como Pig esconde, bolinhas de gude ou marraia, pipas ou curica, furão e o forte apache eram o pão nosso de cada dia. A praça da rua se transformava em um campo de futebol animado, onde as risadas e a competição saudável nunca pareciam ter fim. A criatividade corria solta com carrinhos de rolimã feitos por nós mesmos e os carrinhos improvisados de lata de óleo de soja puxados por barbante. Trocar gibis, figurinhas e dinheiro feito de carteiras de cigarro era um ritual, e o sentimento de comunidade entre as crianças era algo realmente especial. O outro mundo, o da escola, tinha seu próprio encanto. Era onde aprendíamos, fazíamos amigos e criávamos laços que muitas vezes duravam por toda a vida. A rotina escolar era uma mistura de desafios e descobertas e a bicicleta era o elo que me permitia transitar facilmente entre esses dois mundos tão distintos. Quando não estava na rua ou na escola, o entretenimento em casa ganhava vida por meio da televisão, por muito tempo em preto e branco, Lembro-me de esperar ansiosamente pelas minhas séries favoritas, como a Família Waltons, Daniel Boone, Viagem ao Fundo do Mar e as series de ficção Perdidos no Espaço, Túnel do Tempo e Terra de Gigantes. Os desenhos animados do Pica-Pau eram uma alegria adicional, e os gibis do Tex Ranger, Tio Patinha e toda a família Disney me levavam a aventuras emocionantes sem sair do meu quarto. Os dias que eu mais aguardava eram as sextas-feiras à tarde, depois da última aula, e os sábados. Eles eram preenchidos com a promessa de liberdade e diversão sem limites. No entanto, o domingo tinha um ar um pouco mais melancólico, já que antecedia a temida segunda-feira e trazia consigo uma sensação de calma que contrastava com a energia pulsante dos outros dias. Os jogos eletrônicos também faziam parte do cenário, embora fossem algo mais restrito e de famílias mais abastardas. Os videogames da época eram simples, como o jogo da bolinha que pulava de um lado para o outro sem muita graça. À medida que os fliperamas começaram a aparecer, eles se tornaram um local de encontro para os amantes dos jogos, acrescentando uma dimensão diferente à nossa diversão. Na minha infância, não éramos constantemente conectados à tecnologia como hoje. A minha conexão principal era com o mundo real ao meu redor, e essa desconexão digital não nos impedia de sermos profundamente felizes. As aventuras, brincadeiras e conexões humanas eram o que nos alimentavam e nos faziam sorrir. A minha bicicleta vermelha era muito mais do que um meio de transporte; ela era um portal para alegrias sem fim em dois mundos que se entrelaçavam de maneira mágica. E essas memórias continuam a me trazer felicidade até hoje.

Commentaires

Noté 0 étoile sur 5.
Pas encore de note

Ajouter une note

Receba nossas atualizações

  • bluesky_edited
  • Linkedin
  • Whatsapp
  • Instagram
  • Ícone do Facebook Branco
  • Ícone do Twitter Branco

© 2035 por AsHoras. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page